O olho humano percorre um determinado caminho quando se visualiza uma informação. Esse caminho é diferente de uma mídia impressa onde existe uma diagonal de leitura. É fundamental que o designer saiba esse caminho para poder explorar os pontos onde a informação vai ser bem aproveitada pelo leitor. Na Internet é a mesma coisa, mas o caminho do olhar é diferente. O web designer tem que saber desses pontos na hora de fazer o seu layout. Existem pontos que são mais importantes que outros

Quando um designer gráfico faz um layout em mídia impressa, o olhar do leitor tende a fazer uma leitura em diagonal começando do canto superior esquerdo até o inferior direito depois o olho volta ao superior esquerdo e faz um Z por toda a extensão da folha. Nesse caminho percorrido o espaço melhor aproveitado é o canto inferior direito pois é o ponto final de todos os movimentos do olhar é normalmente o espaço mais aproveitado para fixar no leitor a logomarca da empresa ou produto. Outro ponto forte é o cruzamento entre a diagonal de leitura e o Z que se localiza um pouco acima do centro da folha. É outro ponto fortemente explorado para fixação de informação. A diagonal de leitura é uma grande preocupação do fotógrafo (principalmente) publicitário já que sabe que necessitará desses pontos para montar a composição da sua foto e torná-la eficaz e agradável ao olhar.

Na Internet, pela proximidade do olho do usuário ao monitor, o olhar tende a percorrer um caminho diferente.Quando uma página abre, o olhar fica fixo no centro da tela e depois corre pra esquerda e volta pro centro, depois ele vai levemente pra direita. Falando em uma pagina que abre todo o seu conteúdo de uma vez.
O centro da tela se torna o ponto de maior fixação de informações do usuário.
Esses movimentos do olhar são psicológicos e involuntários e cabe ao designer saber como funcionam e desse modo trabalhar os pontos de forma a reforçar as informações necessárias.

Quando você trabalha uma imagem e quer torná-la agradável é bom posicioná-la do lado direito da sua tela. Você vai estar trabalhando com o lado positivo do seu receptor. Ele tende a ter uma melhor aceitação do que esta a sua direita. Esta técnica é muito utilizada no cinema e vídeo.
O bandido está sempre à esquerda e um pouco abaixo do mocinho que está localizado à direita. Dificilmente você verá o presidente Bush localizado a esquerda do Saddam Hussein.

O designer deve utilizar a direção visual como sua principal arma, usando linhas, movimentos de imagens que direcionem o olhar do receptor para a informação principal.
O layout deve estar organizado e alinhado para manter um equilíbrio do olhar e uma beleza estética.
Layouts simétricos geram a sensação de sobriedade enquanto um assimétrico gera informalidade.

Quando abordamos o assunto multimídia logo pensamos em tecnologia. Sons e imagens em movimento na tela do seu computador. Quem não se lembra dos “Kits Multimídia” que era um dos nossos sonhos de consumo alguns anos atrás: CD-ROM, placa de som, games e programas embalados em uma caixinha fantástica. Sem esse Kit o seu computador parecia um livro antigo de receitas da sua avó.
A multimídia trouxe vida, animação, movimento e emoção para o usuário do computador. Mas o que seria essa palavra mágica? Que poderes ela carrega para transformar algo tão insosso e sem vida em algo tão dinâmico e futurista? Será que o computador é que possibilitou o nascimento da multimídia?
Como por sugestão podemos concluir: o termo significa vários meios. O assunto é amplamente estudado e investido pela indústria tecnológica mundial. Quem conseguir juntar mais meios de comunicação em um só produto irá dominar o mundo. É sem dúvida a forma mais poderosa e rápida de expandir a informação.
Mas a nossa tão inovadora e promissora multimídia não é tão nova assim, eu diria até que é uma respeitável senhora. Podemos confirmar isso quando estudamos o começo do século XX e o cinema mudo, ela estava presente lá. Apesar do som não poder fazer parte da película, a indústria cinematográfica tinha um forte trunfo nas mãos para emocionar o público expectador. Esse trunfo era nada mais do uma orquestra paga para ditar o ritmo das cenas do filme e ambientar o cinema. O resultado foi fantástico para prender a atenção e auxiliar no enredo da obra. Pobre do músico que tinha que mudar o andamento da música em poucos segundos e manter o repertório por várias sessões ao dia.
A multimídia estava presente num dos momentos mais marcantes para o homem. Escutamos atenciosamente e boquiabertos quando ela nos contou a frase “Um pequeno passo para o homem e um grande passo para a humanidade” e, vimos então o homem pisar pela primeira vez na Lua.
Esses são exemplos clássicos de que a multimídia é um termo antigo para adaptação de várias tecnologias em um só segmento, com a função de transmitir informação de forma atraente, coerente e objetiva.
Hoje a tecnologia é mais poderosa, e a multimídia se tornou forte integrando todos os meios de expressão de forma cordenada através do computador. Todas essa informações dependem de uma organização interna chamada hipermídia, que direciona o usuário para todos os assuntos de forma não-sequencial. Num sistema de hipermídia podemos ter informações (textos, vídeos, sons) dentro de informações e acessá-las por caminhos diferentes através de links. Quando essas informações são textos, a hipermídia mantém uma estrutura denominada sistema de hipertextos, que permite destacar certas palavras no texto e direcionar o usuário para outro texto com informações relevantes e específicas à aquela palavra. Nem toda multimídia utiliza hipermídia, apenas os casos que contém uma grande quantidade de informação.
Com a evolução tecnológica na multimídia, é possível ter uma troca de informações entre máquina e usuário, o que não era possível na época do cinema mudo. Essa troca define a multimídia passiva da multimídia ativa onde o usuário controla quando e quais elementos serão transmitidos. Quando jogamos um vídeo-game, navegamos por um site ou vemos uma apresentação num CD-ROM, estamos interagindo diretamente nesse meio de comunicação.
O desenvolvimento dos computadores pessoais nos anos 80 foi o grande marco inicial para a expansão da informação. O Macintosh da empresa Apple já carregava um ótimo sistema de áudio e vídeo, associado a uma bem planejada campanha de marketing, foi pioneira na popularização do computador.
A multimídia e todo o seu poder de comunicação é explorado em todos os âmbitos atualmente: animações, vídeos, desenhos, músicas e programas de computador.
A Internet nasceu da multimídia e é sem dúvida o campo onde é mais explorada. Hoje é o maior sistema de divulgação de informações existente. Navegações em sites com tecnologia de movimento e som, vídeos que podem ser assistidos diretamente de servidores através de tecnologia stream, músicas que podem ser ouvidas por rádios online são apenas pequenos exemplos onde podemos encontrar o dinamismo na World Wide Web.
Com os programas cada vez melhores e o os hardwares cada vez mais baratos, os projetos em multimídia ficarão cada vez mais sofisticados a um custo muito menor. Com o avanço da tecnologia, a tendência é que essa jovem senhora de nome multimídia se torne cada dia mais atraente, inteligente e apaixonante para os olhos de muitas próximas gerações.