Recentemente alguém cujo nome (e o crédito) não consigo lembrar, afirmou que, hoje em dia, dar um certificado digital gratuitamente a uma pessoa física ainda é caro, porque requer cuidados com ele e as aplicações praticamente inexistem.

O certificado digital visa transferir para o meio eletrônico a confiança e a credibilidade baseada em conhecimento e documentos.

Em um mundo cada vez mais digital é curioso que uma tecnologia que já existe a mais de uma década, estável, consistente e confiável ainda não tenha conquistado o mercado.

O fenômeno da Internet cancelou alguns conceitos básicos da economia convencional: a área geográfica e a competência legal. O custo e o tempo necessários para enviar uma mensagem para a sala em frente ou para o outro lado do planeta, pela Internet, são aproximadamente os mesmos. A grande diferença é que o cliente digital pode não ser conhecido e estar sujeito a legislações, costumes e credos diferentes. Este contexto é um território fértil para a certificação digital.

A autenticação de sites e servidores já é uma prática comum, e verificar se o “cadeado amarelo ” que identifica um site seguro existe, é parte dos hábitos do consumidor que faz compras através da web, entretanto os benefícios desta tecnologia ainda não chegaram, em sua plenitude, à pessoa física.

No início desta década dizia-se que para a certificação digital decolaria quando quatro requisitos estivessem cumpridos:

Tecnologia aceita (já é);
Infra-estrutura (O Brasil fez um investimento maciço nesta área);
Aplicações e
Custo/Benefício aceitável.
Ninguém questiona a relação de custo/benefício, faltam os APLICATIVOS.